segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Inocentes da Baixada, nota...

Por Juliana Soares



Fundada em 1993, com sede no bairro Parque São Vicente, em Belford Roxo, a Inocentes vem aparecendo desde 1994.  Assim como suas vizinhas Grande Rio e Beija-Flor, ambas símbolos materiais e imateriais  das suas respectivas cidades, ela também busca seu lugar ao sol, quando declara que “mostrou que ainda existem escolas de samba fortalecidas por comunidades inflamadas de paixão e orgulho num resgate que há muito o Carnaval do Rio não via.” Na Escola, passistas tem que esbanjar simpatia e a Velha guarda, honrar compromisso. Ela vem crescendo e delineando uma identidade, um tanto deixada de lado no Município, mobilizando cerca de 400 pessoas, durante oito meses no ano, tendo reconhecimento do público local e os holofotes da Sapucaí.
Entendendo que uma única forma de expressão, não deva necessariamente ser a única identificação de um local, ainda sim a Inocentes de Belford Roxo pode representar sua cidade e população. Dentro de uma quadra de escola de samba, muitas coisas podem ser desenvolvidas, passadas, reafirmadas e transbordadas. Se os responsáveis por essa comunicação, gestores culturais principalmente, conseguirem perceber que um local, que se mantém do carnaval, também existe fora desse período e têm necessidades tão emergentes quanto, valorizando e dialogando com a comunidade que abraça essa escola, falando sua língua, a sustentabilidade que se deseja na sociedade contemporânea, pode ser alcançada. Um movimento cultural popular não tem dono, mas tem vozes e caras.



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